Desde 24 de Junho de 2003

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Ainda acerca de Inglorious Basterds

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Qualquer pessoa que faça parte da minha geração, os eternos chorões dos eighties, não consegue ver Inglorious Basterds sem que a sua mente fuja ocasionalmente para o universo de Allô Allô, essa mítica série que brincava com a ocupação nazi da França. Até aqui no blog já se falou nisso nos comentários. Provavelmente Tarantino não deve ter essa noção porque duvido que Allô Allô tenha tido uma carreira de sucesso nos states. Quando fui ver Basterds, um colega que me acompanhou disse-me com alguma impaciência: “Que treta, porque não marcaram o encontro no café do René?

Second Life em edição duplo DVD?

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Achei incrível que Second Life tenha feito a sua passagens pelos cinemas sem ter havido, pelo menos, uma sala incendiada pela fúria de um grupo de cinéfilos raivosos. Muito me admiro de ter havido coragem para editar tal pedaço de matéria fecal e de haver pessoas a dar a cara por este filme (sic) sem medo que a sua carreira se esfume para sempre nos pântanos fétidos do esquecimento. Ou isso ou para sempre condenados aos reality shows, revistas cor de rosa, programas onde têm que mostrar a casa ou outras sodomias semelhantes. Mas pior que tudo é haver uma edição dupla (2 DVDs) para esta porcaria. Provavelmente o segundo DVD é a gravação de um pedido de desculpas, com a possibilidade de o ouvir também dobrado em português.

Os tradutores e o Complexo de Deus

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As legendagens dos filmes portugueses oferecem-nos ocasionalmente surpresas fantásticas. Às vezes são traduções à letra, google translate style, outras vezes são descontextualizações e até desconhecimento completo da cultura onde se insere determinado filme (ou outro qualquer tipo de conteúdo que necessite de legendagem). Mas o que mais me irrita é o complexo de Deus de alguns tradutores que acham poder melhorar as obras com as suas expressões. Como é o caso de usar o termo “Gafanhotos” em substituição dos Prawns (camarões) de District 9. Pior do que isto só a tradução na SIC de Red Hot Chili Peppers por Pimentos Quentes e Picantes ou a tradução do Festival de Reading por Festival de Leitura… (não estou a inventar, aliás, quem conseguiria inventar uma absurdidade destas?)

Big Boob Butt Bangers 4 (2003)

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Big Boob Butt Bangers 4 é uma encenação de contornos eróticos destinado ao grande público. Conta-nos a história de algumas senhoras que, em 4 actos de sublime melodramatismo contemporâneo, passam por algumas situações de expressão de  liberdade pessoal, numa cortante história de encantar. Elizabeth, Rod, Steve e Tanya são os pseudónimos dos génios de uma companhia mundialmente conhecida como Filmco Video, também conhecida por nos trazer obras grandes como Big Boob Butt Bangers 3, Anastasia’s Mature Gang Bang ou mesmo o imortal Blast My Ass 3.

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Jesus Christ – In the Name of the Gun (BD)

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Os caminhos da descoberta que me levam aos lados mais negros da banda desenhada alternativa por vezes surpreendem-me com paisagens únicas. Descobri, entre outras coisas, que por vezes podemos encontrar séries de BD que dariam excelentes filmes para públicos constituídos por mim e mais… 16 ou 17 pessoas! Jesus Christ é uma BD que não vai certamente agradar aos mais religiosos, mas que é um deleite para quem tiver a mentalidade mais aberta a experiências visuais alternativas.

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O que é a “ultra-violência”? (FAQ do CinemaXunga)

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Recebi um mail a perguntar o que significa o termo “ultra-violência” que eu às vezes uso nos textos. Aproveito para adicionar esta pergunta (número 7) à FAQ do Cinema Xunga e deixo aqui a resposta para que não tem tempo para clicar.

A ultra-violência é um termo usado em Laranja Mecânica e que eu uso nos posts para dizer que a violência existente nesse filme (ou lá o que seja) é bastante superior ao convencional. Exemplo de violência:  Homem apunhalado no abdómen. Exemplo de ultra-violência: Homem vê os seus intestinos caídos no chão depois de ter sido trespassado na diagonal por uma espada de Samurai. Mulher e filhos assistem à cena enquanto o avôzinho é comido por cães depois de ter sido separado em 8 partes com um cutelo. A avó não assiste à cena porque, infelizmente,  lhe enfiaram uma ferro em brasa pelos olhos adentro…

Marvel Zombies Vs Army of Darkness

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No que diz respeito a banda desenhada sou aquilo a que se chama um trolha. Leio ocasionalmente mas não tenho conhecimento enciclopédico nem paciência, diga-se. Cada vez que vou a uma loja de BD e faço perguntas sou sempre recebido com aquele ar de “Que monte de merda é este que nem sabe que o Homem Aranha perdeu um testítulo na batalha com o Homem Azeiteiro no Marvel Idiots Nº244.” Mas de Evil Deads e Ash percebo eu e é um regalo para o olho ver Ash novamente a esquartejar o Homem-Aranha, Wolverine, o Quarteto Fantástico, etc, sendo todos eles zombies. Um sonho de infância tornado realidade.  A cereja no topo do bolo é a aparição de Howard The Duck (Zombie, claro!) a comer um cérebro como se fosse uma tacinha de doce da casa.

Rambo: First Blood Part II

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Este fim de semana revi o Rambo 2. Foi tal a dose de matança que fez de mim mais homem. Como se me tivesse crescido um quarto testículo. Uma vontade imensa de estripar apoderou-se de mim mas depressa esmoreceu quando Rambo cedeu ao romance e beijou a chinesa. Já não me lembrava dessa cena. Mas o amor é rapidamente interrompido pela execução sumária da amante oriental (uma rajada de balázio nas mamas). E a partir daqui é morte, destruição, carnificina, violência gratuita e uma eterna existência onanisma para o nosso musculado herói.

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Libertem o Avô Cantigas. Vivo, de preferência!

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De há uns tempos para cá uma conspiração de larga escala tem grazado o país. Uma sociedade secreta anda a tentar reescrever a História dizendo às nossas crianças que o Avô Cantigas é este que está aqui em cima na foto. Por mais que tentemos incutir na cabecinha das nossas crianças que este não é o Avô Cantigas, elas teimam em pensar que somos senis e não percebemos nada de TV, à excepção do telejornal. Por isso peço a quem o tenho retido que o liberte. Queremos o original, queremos aquele que cantava na Arca de Noé, aquele que tratava o Júlio Isidro por tu. Aquele que enchia o cabelo de farinha para não se notar que afinal tinha 30 anos…

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Bud Spencer e Terence Hill – Icons do Xunga de Outrora

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Aos olhos dos jovens de hoje, Bud Spencer e Terence Hill poderiam ser facilmente confundidos com um número de circo. Mas não de um circo qualquer, daqueles que são acompanhados por camelos moribundos e leões bulímicos e cujo apresentador, porteiro, vendedor de bilhetes e pipocas, faquir, contorcionista e ordenhador de alpacas são a mesma pessoa. Mas nos tempos áureos dos videoclubes e do cinema de bairro, eram o pináculo da comédia, o expoente máximo da gargalhada, como são hoje em dia Jim Carrey, Seth Rogen, Will Ferrel, Adam Sandler ou Ben Stiller.

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Pierino – Icons do Xunga de Outrora

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Pierino é um clássico dos clubes de video dos anos 80, especializado em comédias com forte carga sexual mas sempre dentro do limite do moralmente aceite. Digamos que é um Tonecas com espírito fortemente masturbador. Pierino é um teenager interpretado pelo actor Alvaro Vitali que na altura já deveria ter mais de 40 anos, conferindo um aspecto insanamente surreal aos filmes. Em Portugal era conhecido como “João Broncas” e os seus filmes eram tão engraçados como as minhas unhas à terça à noite.

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Singles (1992)

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Ainda um dia destes falei aqui de um fenómeno típico dos anos 90, que eram filmes com bandas sonoras tão avassaladoras que levavam maralhais de gente sem sequer saber que filme era, mas com conhecimento da sua afamada banda sonora. Tank Girl foi disso exemplo. Também, assim de repente, me lembro de Judgement Night, Spawn e Singles. Estes último um realização de Cameron Crowe que soube mugir a vaca do grunge na sua época aurea, servindo-nos um banda sonoro mítica com um filmeco tão tépido quanto inócuo. Confesso que só fui ver este filme por causa de um cameo de 10 segundos de Eddie Vedder e que nem liguei muito à banda sonora porque já a tinha em cassete (crómio da BASF). Continue reading

Ferris Bueller’s Day Off (1986)

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O meu cérebro tem recebido avultadas agressões cinematográficas nos últimos 10/15 anos, mas ainda assim guarda belas memórias dos anos 80 e dos seus silly movies que eram acompanhados por uma magia há muito desaparecida com a banalização do cinema. Se hoje em dia temos acesso a qualquer altura a qualquer filme (mesmo os que ainda não estrearam), tempos houve em que passávamos meses a olhar para cartazes a salivar de antecipação. A única fonte de informação que havia era o cartaz propriamente dito. Isso e a colecção de calendários.

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Top 10 Filmes com anões

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Depois de ter sido fustigado (salvo seja) por anões homossexuais na minha escolha de filmes na semana passada, elaborei uma lista com os 10 melhores filmes com anões. Isto foram coisas que me lembrei assim de repente. Decerto que estará bastante incompleta. Pode não parecer, mas a minha vida não é isto… Segue-se a lista:

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Sam Raimi começou a escrever Evil Dead 4

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Rejubilai, povo triste! A crise não vai acabar mas vai ser bastante atenuada pois Sam Raimi deixou-se de paneleirices (leia-se Spiderman) e começou a escrever aquilo em que realmente é bom: Evil Dead. Melhor ainda, Ash continuará a ser interpretado por Bruce Campbell, senhor todo poderoso da série B. Ainda só escreveu 7 páginas de guião, mas eu vou já fazer fila com uma tenda para a porta do cinema. Isto, claro, se ainda houvesse cinemas fora de centros comerciais.

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Remake de Nightmare on Elm Street – Detalhes

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Começam a aparecer online os primeiros detalhes do remake do mítico, hyperclássico, senhor de todos os Slashers, Nightmare on Elm Street com o ainda mais mítico Freddy Krueger . As más notícias é que vai ser produzido pela equipa de Michael Bay, que é como quem diz: muito estardalhaço e piruetas e pouco sangue e tripas. As boas notícias é que o filme poderá ter uma abordagem inovadora, de outro ângulo que poderá não colidir com a story line original. Os detalhes podem conter spoilers e para os ler é preciso carregar no Read More

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Audition aka Ôdishon (1999)

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Takashi Miike, quando quer, kicks ass… Este é considerado a sua obra prima por muitos e um dos seus melhores por outros. Grande parte dos filme de Miike acabam por ser uma bizarra e surreal experiência para as bandas da violência extrema. Conjugam o humor para suavizar actos que envergonhariam por completo Torquemada e os seus lacaios da inquisição espanhola. Neste filme tudo é diferente. É um poderoso filme de emoções bem transmitidas, de amor e ódio incontrolável e, claro, sangue à baldada.

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Os Deuses Devem Estar Loucos (1980)

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Todos aqueles com compraram um vídeo (VHS) ou eram sócios de um clube de vídeo em 1987 estão porventura familiarizados com este filme. Era muito popular, juntamente com a saga “Gente Gira” e todos aqueles filmes italianos falados em inglês de mundos pós-apocalípticos.  Ora, quem não se riu desalmadamente no sofá só por haver cenas em câmara rápida? Sim, porque na altura o pessoal era tão impressionável, que o simples facto de haver câmara rápida já satisfazia. Isso e a imagem a andar para trás. Todos os finais de anos, era um fartote com aquelas montagens de futebol, em que alguém caía e depois se levantava em reverse. Isso eram grandes tempos. Todos queríamos abater robots do espaço e o nosso ídolo era o Michael Knight.

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