Desde 24 de Junho de 2003

Category: Xunga e Boff! (Page 7 of 10)

Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street (2007)

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Sou grande fã de Tim Burton. Conheço praticamente tudo criado por este homem, incluindo Vincent e Frankenweenie. Sou daquelas pessoas que repreende um ou outro incauto cinéfilo que inclui “Nightmare Before Christmas” na lista de filmes realizados por Burton. Erro fatal! Não morri de amores por Sleepy Hollow, detestei Planet of the Apes. Sou imune a Edward Scissorhands de onde apenas tenho alguma afeição pelo visual estilizado pink suburbia. Os meus preferidos são Big Fish, Beetlejuice, Corpse Bride e Ed Wood. Sweeney Todd não me aquece nem arrefece. Do que eu não sou fã é de musicais. Detesto prosa cantada e só tolero tal artifício narrativo em South Park: Bigger, Longer and Uncut…

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Mum and Dad (2008)

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Num país tão rico em charcutaria e em que a gastronomia atingiu picos da genialidade sem precedentes com as papas de sarrabulho ou as tripas à moda do Porto,  muito me admiro de não haver ainda um torture porn tuga. E com o incentivo que traria à industria da transformação de carnes estou até a cheirar um gordo incentivo ICAM para este projecto.

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I Love You, Man (2009)

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Antes de começar quero aqui cimentar alguns conceitos. Filme de gaja: é uma matriz única sob a qual milhares de filmes são produzidos. Um casal improvável apaixona-se e quando tudo parece correr bem a gaja descobre que ele usou um estratagema desonesto para a conquistar, separam-se, ele chora à chuva com uma balada de hardrock e depois tem que ir a correr para o aeroporto para a apanhar antes de ela embarcar num vôo para não mais voltar. Casamento. Buddy Movie: é um tipo de filme em que dois amigos fazem tropelias ao estilo Tom Sawyer século XXI (ou XX). Bromance: é uma mistura dos conceitos anteriores em que o conceito Buddy movie é aplicado à matriz Filme de gaja em que a suposta piada está na fina linha que separa a panasquice da profunda amizade…

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Last Days (2005)

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Existem alguns assuntos que são autênticas armadilhas. Há quem prefira despir-se e espancar um ninha de vespas a falar deles. São imensos, mas posso aqui realçar, por exemplo, o conflito israelo-palestiniano ou a vida e morte de Kurt Cobain. Em relação à primeira, não lhe toco nem com um pau de 5 metros, em relação à segunda posso opinar violentamente, uma vez que vivi a época e a situação e estou mais ou menos dentro do espírito da coisa. Ora, Cobain, como todos sabem, era o vocalista dos Nirvana. Musicalmente falando, os Nirvana eram uma banda fraca, desafinada, limitada em termos de técnica musical (ausência total) e que viviam daquilo a que se convencionou chamar de “atitude” ou mesmo “carisma”. Cobain passou de vocalista mediocre e fraquíssimo guitarrista a símbolo da raiva dos jovens pela sociedade e também simbolizava as dores do crescimento e incompreensão. Até aqui tudo bem. Graças a extensos golpes de marketing, a banda passou ao estatuto de porta voz da revolução (inadaptação) dos jovens adultos que desejavam intensamente voltar ao útero. Isso e droga… Muita droga!

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Hitman (2007)

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Pior do que um jogo adaptado de um filme só um filme adaptado de um videojogo. Sendo a verdade reconhecida internacionalmente, qual a fórmula para fazer chegar às salas multidões de barrascos à espera de não adormecer? Oferecer um bilhete de cinema em troca de um estupidamente inflacionado pacote de pipocas e a promessa de, possivelmente e com sorte, poderem ver de soslaio uma ponta da mama da protagonista ou um pouco de sexo simulado. Grande trabalheira quando podiam simplesmente parar ao lado de uma estação de serviço perto de um milheiral, gamar 5 espigas de milho e comprar o “Bobby, o cão lambão” por 8 euros… Com a vantagem de poderem esgalhar o pessegueiro na privacidade do lar, coisa incomodativa de fazer no cinema.

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Surrogates (2009)

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O trailer eye candy é a arma de eleição para fazer um filme ter sucesso logo no primeiro fim de semana. Surrogates é uma adaptação de uma novela gráfica que falei aqui ontem. Nunca senti que pudesse ser um filme fantástico, no entanto sabia desde que ouvi falar dele que tinha que o ver. Mas no final do filme ficamos com a mesma sensação de quando ganhamos bilhetes na rádio para um concerto e quando chegamos lá afinal só canta o David Fonseca porque os artistas talentosos foram cancelados: é uma armadilha!

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Land Of The Lost (2009)

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É certo que eu destilo bastante veneno àqueles que gerem a indústria cinematográfica em Portugal. Falo da industria da distribuição, claro, porque não existe mais nenhum tipo de industria cinematográfica por cá. Mas se na maior parte das vezes as suas estratégias de distribuição nos fazem morrer mais um bocadinho por dentro, outras raras vezes saem acertadas. Os dois mais recentes exemplos dessas decisões são a recusa de estrear Land Of The Lost e Year One nos nossos ecrans, poupando hordas de cinéfilos incautos de ir ao cinema com as namoradas e que na hora de comprar o bilhetes tomam decisões com a cabeça da gaita. Mas não nos excitemos com esta súbita aptidão cultural dos distribuidores, porque até um relógio parado está certo duas vezes por dia…

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Jumper (2008)

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Todos nós, fans de ficção científica, já ficamos acordados a pensar no tema que serve de fio condutor neste filme, o sexo com uma gaja boa. Mas por vezes também pensávamos em teleportação, nos seus prós e contras, nos malefícios, na maneira em que poderia afectar o contínuo espaço-temporal, como poderíamos comer gajas à conta disso ou simplesmente ver a vizinha a sair do banho depois de uma sessão de depilação total. Mas em nada estas reflexões coincidem com este ejaculação precoce que vem catalogado como “filme”. A teleportação deve ser tratada com respeito e não do ponto de vista de quem viu um episódio do Heroes enquanto fumava um gordo charro e pensou “Caralhos me fodam se isto não dava um bom filme!…”.

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The Last House on the Left (2009)

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O “Rape & Revenge movie” é um género que já foi grande, mas estando dentro âmbito do exploitation movie não é politicamente correcto nestes tempos de fachada polida e lavadinha em que vivemos. O esquema é sempre o mesmo: alguém com quem criamos empatia é barbaramente espancado e a sua regueifa é profanada por um mal intencionado falo. Quem diz um diz dois ou quinze. Às vezes em simultâneo. Essa pessoa fica à beira da morte e passados uns tempos regressa para reclamar o seu quinhão de sofrimento alheio, sempre lento e doloroso. É obrigatória a existência de ironias do destino.

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Sunshine Cleaning (2008)

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Apesar do cinema independente americano ser uma fonte de agradáveis surpresas, também é certo que por vezes há filmes que nos fazem lembrar um cão a perseguir a sua própria cauda. Sunshine Cleaning é uma soma de bons ingredientes de um filme decente, mas que as deficiências narrativas e o excesso de depressão nos forçam atirá-lo para os pântados do eterno esquecimento cinematográfico.

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Confessions of a Shopaholic (2009)

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Já não há linchamentos como antigamente. A última vez que organizei um só compareceram duas pessoas. O meu carteiro e um vizinho de infância. O carteiro acabou por desistir porque tinha percebido “lanchezinho” no papel que lhe enviei devido à minha terrível caligrafia, mesmo quando uso o Word. O meu vizinho é um tipo que uma vez tentou abrir uma pastelaria, mas queria fugir ao cliché de “Doce qualquer coisa”. Então tentou o salgado, para se especializar em folhados e coisas assim. Escolheu o nome “Vaquinha Salgada”. Obviamente não teve grande sucesso mas acabou por reciclar o nome num club de strip. Correu melhor financeiramente, pelo menos até umas bastonadas no lombo terem acabado abruptamente a sua meteórica carreira de “agente da noite”. Tinha problemas com a documentação das empregadas. Uma delas, a Suelen, era inclusivamente um homem chamado Carlão da Verga Longa na sua terra natal.

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Second Life em edição duplo DVD?

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Achei incrível que Second Life tenha feito a sua passagens pelos cinemas sem ter havido, pelo menos, uma sala incendiada pela fúria de um grupo de cinéfilos raivosos. Muito me admiro de ter havido coragem para editar tal pedaço de matéria fecal e de haver pessoas a dar a cara por este filme (sic) sem medo que a sua carreira se esfume para sempre nos pântanos fétidos do esquecimento. Ou isso ou para sempre condenados aos reality shows, revistas cor de rosa, programas onde têm que mostrar a casa ou outras sodomias semelhantes. Mas pior que tudo é haver uma edição dupla (2 DVDs) para esta porcaria. Provavelmente o segundo DVD é a gravação de um pedido de desculpas, com a possibilidade de o ouvir também dobrado em português.

Starsky and Hutch (2004)

starsky_hutch06Não conheço a série original, ou se conheço será com um título diferente, tipo “Mauzão e Rabugento” ou dobrada em brasileiro, onde teria o título de “Caras Legais” (se não perceberam a piada, releiam porquem tem duplo sentido). Gosto de ambientes de anos 70, mas não é preciso exagerar. Esta dupla de actores já tem feito filmes merdosos, mas apesar de terem atingido o fundo neste penso que continuarão a escavar. Continue reading

17 Again (2009)

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Há dois conceitos que me causam algum desconforto. O primeiro é “A sandes de leitão”. É a maneira mais idiota que existe de tratar uma iguaria gastronómica. É como fazer umas pizzas de chanfana ou um Burrito de Caviar. Pedir uma sandes de lagosta pode parecer um insulto de um barrasco que acabou de ganhar o euromilhões, mas o leitão é constantemente insultado com a sandocha, a feijoada e agora também rissóis. Haja respeito pela tradição da Bairrada. O outro conceito que me causa algum desalento são os filmes de adolescente em que um personagem é magicamente transportado para outra idade.

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Alien Trespass (2009)

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Imaginem a abertura de um restaurante com grande pompa publicitária e quando as pessoas correm aos magotes para lá jantar o cozinheiro diz: “Contemplem a grande novidade, a tosta mista!”. E a malta com olhar desconfiado perguntava: “Com manteiga?“. “Não…” responde o cozinheiro. “Olha que merda!“, responde a populaça, “Agora até já as fazem de atum e em pão alentejano. Os maricas até as comem com ananás.” Ao fundo um cidadão irado grita “Uma hora para fazer uma tosta? Fica sabendo, meu paneleirinho, que já vi uma máquina automática que as faz em 30 segundos…” Ao que o cozinheiro responde “Mas é uma homenagem com os meios de 1956…”

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G.I. Joe: The Rise of Cobra (2009)

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Sabendo de antemão que todos os putos que outrora que gostavam de GI Joe cresceram e se fizeram homens, e que os putos de hoje em dia estão-se bem a cagar para estas nostalgias dos sucateiros dos anos 80, resta apenas uma única franja de público que pode apreciar este filme com entusiasmo: os que sofreram uma paralisia cerebral e que lhes permitiu manterem-se sempre jovens. Não no sentido de querer ficar solteiro, andar de kayak e jogar Playstation, mas no sentido clínico, patológico e retardado da expressão.

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X-Men Origins: Wolverine (2009)

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É um facto bem sabido que os produtores da infindável saga X-Men mandaram às urtigas as definições das BDs em prol de uma contínua festarola de explosões, efeitos especiais e cenas aleatórias de palermice. Mas por muito idiota e fútil que seja este filme, temos que lhe louvar uma proeza: finalmente alguém percebeu que os fatos de latex e borracha negra das BDs não ficam bem no grande ecran. Aquilo que nos livros transforma um homem num super-herói, no grande ecran transforma um homem num escravo sexual especializado em sado-masoquismo, que de dia trabalha nas finanças de Évora e à noite gosta de apanhar umas chibatadas nos tomates com um dildo African King alojado no pacote.

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The International (2009)

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A intriga internacional com filmagens em várias paragens do globo é um género antigo mas cada vez menos usado. É neste reino do James Bond que se passa The International. Filme bonito, tecnicamente bem conseguido, de belos cenários e fotografia decente que no entanto é maior colecção de pontas soltas, buracos de lógicas e saltos de fé que já vi nos últimos tempos. Nem Naomi Watts, num registo vestido, salva o filme das lamas do esquecimento rápido.

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Miss March (2009)

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O que me levou a aceitar o desafio de aguentar grande parte desta abominação foi o meu fraquinho por Road Movies em todas as suas vertentes. Comédias, dramas, romances, os americanos têm jeito para o Road Movie. Talvez seja por terem aquela cultura automobilistica tão forte ou por terem tantos Kms de estrada, mas o certo é que o Road Movie em Portugal não tinha grande futuro. Imaginem o que era dois gajos de Fiat Uno a sairem de Lisboa à procura de qualquer coisa e chegarem a Valência do Minho 3 horas depois e verem o fim da estrada e sem nenhuma aventura lhes ter acontecido. Seria, no mínimo, decepcionante…

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9 Songs (2004)

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Na edição de 2004 do festival de cinema de Cannes uma pedra atingiu o charco. A violência foi tal que acabou por criar um vortex sufucientemente forte para arrastar consigo toda a atenção mediática. Todos tinham opinião formada de gabarito doutoral. Michael Winterbottom, famoso realizador de filmes como 24 Hour Party People, Welcome to Sarajevo ou Jude, oriundo do púdico Reino Unido, lança um filme que com sexo explícito… E quando falo de sexo explícito, não é uma piroca a roçar ao de leve uma farfalhuda ratinha ou um broche ocultado pelas sombras, é foda dura e crua com direito a grandes planos, masturbação feminina e o famoso “money shot”.

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