Seguir um deambulante padre pedófilo com visões apocalípticas não era exactamente aquilo que esperava deste novo X-Files. E eu esperava muito! Fui ávido fã da série até à season 4, altura em que me apercebi que aquilo não ia a lado nenhum. Mais do que uma saída em grande, I Want To Believe envolve-nos numa trama tão idiota que não conseguimos parar de pensar: “Será que esta t-shirt me faz mais gordo?…”
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Enquanto nadamos neste lamaçal de badalhoquice que têm sido estes últimos posts, quero-vos falar de um filme que vi recentemente com redobrado deleite, salvo seja. Não resisti a este título que é quase tão graficamente sugestivo como o próprio filme. A premissa é simples: uns militares escondem-se num bar de strip. Um deles mordido por um zombie. 15 minutos depois transforma-se e começa a infectar a malta. Ninguém pode sair porque aquele é o único cenário disponível para o baixo orçamento. Depois é gajas e zombies (ou ambos em simultâneo) até ao fim. O mesmo de sempre, portanto!
Um padre, dois patos e Keanu Reeves entram num bar. Um dos patos diz “…e sendo assim acho que podemos alicerçar toda a espiritualidade nesse ritual pagão. O que o torna, ironicamente, místico“. O padre anui sabiamente e responde numa voz de profunda sapiência “Sim, pato. Esse é, no fundo, todo o fundamento da tua própria existência: La transcendance de l’égo“. Keanu Reeves aclara a garganta, olha confuso para o segundo pato e diz “Queijo?!”…
Já a minha avó dizia “o cinema hoje em dia é tão mau que até um macaco pode realizar “. Este filme vem renovar a razão da profecia da minha avó, ficando apenas por provar as alegações de que as alterações climáticas se devem, de facto, aos foguetões que rompem as nuvens quando vão para a Lua. Lua essa que nunca foi visitada pelo Homem, claro!
Uma coisa que me mete muita confusão é a unanimidade na crítica cinematográfica. Normalmente isso significa uma coisa (ou duas): o realizador usou todos os subterfúgios ao seu alcance para sacar um “agrada críticos” da cartola, híbrido, estéril, pejado de figuras de estilo visual mas insípido. Ou ninguém tem coragem de dizer que não gostou sob o risco de ser chamado “inculto”. Nada de ofensas físicas, claro. Porque um crítico de cinema mal tem força para levantar o rabo gordo da cadeira, quanto mais para bater em alguém.
O que é que farias se estivesses numa casa com a tua namorada, rodeado por um grupo de psicopatas com facas, às 4 da manhã e tivesses um carro na garagem? Obviamente! Ias embora buscar ajuda no carro, quentinho e fofinho, e deixavas a gaja (a quem tinhas pedido em casamento há 2 horas) com uma faca de descascar batatas e uma t-shirt a dizer “Please, be gentle with the ass raping!”.
Estava preparado para ver um filme até que reparei que a tagline era: “Até onde ias por amor?”. Imediatamente pensei: “Next!” e assim foi.
23 segundos depois. Take 2:
Filmezinho de terror: o meu calcanhar de Aquiles. Desde os gloriosos tempos do VHS que os consumo com desmedida avidez. Hoje em dia sou mais selectivo, não vejo os Ultra-Low-Budget, apesar de achar piada aos de No Budget. Aqui temos um bom exemplo de um filme de terror NextGen: realizador japonês com bom curriculum na área, filmado com meios e orçamento americano e efeitos especiais CGI, o que torna as audiências mais permissivas ao gore. Menos realista, é verdade, mas igualmente divertido. Quem contém um sorriso ao ver um olho ser projectado (juntamente com as outras miudezas) quando um incauto utilizador de metro apanha uma marretada na nuca de um psicopata assassino? Hahaha! Ha!… Cof cof… Continue reading
Sinopse: Um virus infecta a Escócia e a única maneira de o conter é isolar completamente o país pelo velhinho Adrian Wall. 25 anos depois uma equipa é enviada para dentro dos muros para procurar uma cura para o vírus que entretanto reapareceu em Londres. Major Eden Sinclair (boa, boa, boa!) tem que sobreviver num universo pós apocalíptico por entre bandos de pós-punks a LSD, guerreiros medievais estranhamente anacrónicos e mihões de vacas leiteiras.
Crítica: Em 1986, quando os meus pais me compraram o VHS porque passei para o 8º ano, era cliente assíduo dos clubes de vídeo. Tão assíduo que sabia a sinopse de todos os filmes que lá estavam. Era também grande cliente do terror e do pós-apocalíptico (mais tarde filmes de ninjas e clones do American Samurai). Não me quero alongar porque já escrevi aqui várias vezes sobre o assunto, como por exemplo Mad Max ou o fenómeno dos filmes de pos-apocalíptico (Batalha de Bronx e os Spaghetti pós apocalípticos). Ainda falei no She, a Raínha da guerra e do amor. Estava bêbedo!
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