Um mês depois da estreia de Mad Max: Fury Road a Internet ainda se encontra apaixonada pelos visuais avassaladores de Miller e artistas por esse mundo fora inspiram-se nas wastelands de Mad Max para criar as suas próprias versões da desolação do futuro doente do universo Madmaxiano. Fiz um apanhado de posters caseiros de Mad Max e deixo-vos aqui uma amostra da qualidade destes trabalhos. De acrescentar que existe uma colecção da Vertigo Comics que irá ter a tarefa de explicar as origens dos personagens principais, cujo número um já tive o prazer de ler e que dá umas luzes acerca das origens de Immortan Joe e Nux. Existe também um glorioso livro chamado Mad Max: Fury Road INSPIRED ARTISTS com páginas imensas do mesmo material de que são feitos os sonhos.
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Estava sentado em casa a pensar em 15 formas diferentes de servir esparguete quando me senti irreversivelmente atraído pelo vórtice de especulação e marketing hardcore em volta da celebrada trilogia do defunto Stieg Larsson. Adquiri o primeiro volume em formato ebook e durante uma semana a pouco debulhei-o como uma pastor alcoolizado numa banca de cassetes piratas. Depois pensei “Ah, que rico livro”. Anestesiado ainda pela força gravitacional do fenómeno, e também porque às vezes não sou muito esperto, embarquei na parte dois desta idiotice, que é ver também o filme e comparar aquilo que todos sabemos ser incomparável. Não digo que tenha ficado desagradado, mas depois de ter sucumbido tão estupidamente ao encanto da publicidade, já não posso dizer claramente que estou em pleno controlo das minhas capacidades.
Nos dias que correm é comum algum amigo info-nabo nos dizer “Ai, ai, o meu computador anda doido!…“. Mas apesar de tudo, essa epidemia de insanidade informática que parece afectar apenas talegos é uma metáfora para “Sou burro mas nunca me apercebi e andei a mexer onde não devia. Agora fodi o meu computador e ando à procura de algum amigo informático que possa perder várias noites do seu precioso tempo livre para o arranjar. De borla…” Existe no entanto uma pessoa que se pode queixar literalmente da loucura do seu computador: David Bowman, o único sobrevivente do ataque provocado pela insanidade de HAL 9000. Mas porque é que HAL se revelou um autêntico psicopata, matando o colega de Bowman, Dr. Frank Poole, juntamente com os três astronautas em hibernação na Discovery?
2001: A Space Odyssey de Stanley Kubrick é um dos melhores filmes de todos os tempos, facto indiscutível. Seja num top 100, 50, 10 ou mesmo 5, este tem que lá estar. Apesar de ser um filme de colossal magnificência é também um dos mais incompreendidos da História do cinema. O que se passa? Qualquer aspirante a cinéfilo o quer ver, e uma vez visto passa-se rapidamente do desencanto à decepção. Mas quer se goste ou deteste, quer se compreenda ou não, o filme fica a martelar no cérebro. Um latejar omnipresente que nunca mais nos largará, como aquela luz vermelha de HAL. Que filme é este? O que é que ele nos quer dizer? Poderei sacar gajas à sua conta? Passemos então à desmistificação e descodificação deste que é o clássico dos clássicos. Escusado será dizer “SPOILER ALERT“!
Depois de uma trip megalómana de proporções quase bíblicas que foi a trilogia Lord of the Rings, é óbvio para todos (incluindo para o próprio) que o caminho a seguir só poderá ser o da sobriedade e da simplificação. Mas num filme que poderia ter estas características, encontramos um Peter Jackson completamente viciado em efeitos especiais e na sua querida Weta Software, ofuscando por completo uma história que poderia ser bem poderosa, não fosse o onanismo visual de Jackson. Não é que eu me importe com a masturbação estética e tecnológica dele, eu só não gosto é que me ejaculem nos olhos.
O thriller, enquanto policial obscuro quase a roçar a ténue fronteira com o filme de terror ou paranormal, está a definhar. Uma tendência popularizada por Hitchcock e eleita ocasionalmente por realizadores competentes para exercícios de estilo, saudosismos ou para contar uma história com mais densidade do que é previsível num filme mainstream. E se é certo que na maior parte das vezes o resultado acaba por se vaporizar para o eterno vazio da memória cinematográfica mundial, também é certo que por vezes aparecem obras excepcionais, histórias que nos amarram como octopodes viscosos e só largam depois do climax narrativo.
Don’t panic? Yes, panic! Em primeiro lugar, The Hitchhiker’s Guide to the Galaxy é um título ingrato para Portugal, uma vez que não existe nenhuma palavra que defina uma pessoa que anda à boleia. No Brasil diz-se Caroneiro, em inglês diz-se Hitchhiker e em Urdu diz-se Uj’skmionekkd (seguido de uns estalidos de língua e uma pirueta para o lado num preciso ângulo de 48º). The Hitchhiker’s Guide to the Galaxy é uma obra genial de Douglas Adams, à qual se seguem mais 4 continuações, todas em livro e programas de rádio. Também é bastante conhecida como “A triologia em cinco volumes”. Existe já a tradução para português do primeiro e segundo volume (que eu tenha conhecimento). Eu sou grande fã de Douglas Adams e de todo o universo que ele criou. Tenho os livros em original, tenho os audiobooks e até as gravações audio das sessões de rádio. Douglas Adams é para mim um dos expoentes máximos da eloquência e imaginação. Genial. Afinal foi ele que inventou o Paranoid Android, os Radiohead só adaptaram!
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