Há filmes que não merecem mais do que um conjunto de anotações rápidas, à laia de microblogging. TED é um desses filmes. Tal como se esperava, um live action de Family Guy, um metralhar intenso de referências de cultura pop e o mais vil escárnio às celebridades que Seth MacFarlane odeia, juntamente com surrealismo qb a embrulhar uma pobre e estereotipada narrativa que poderia ser a próxima comédia romântica de Ben Stiller ou mais um tomo de Harold & Kumar. Com a agravante de ser fortemente diluído, exageradamente explicado, predominantemente inerte e acompanhado de um exército de clichés tão discretos como a Banda Filarmónica dos Bombeiros Transexuais de Aguada de Cima a Vestir Lantejoulas Rosa by Givenchy. Isto porque há crianças a ver. Não é que eu seja um hater, longe disso. Gosto muito da minha dose de episódios de Family Guy, mas é ao domingo quando estou a ressacar ao pequeno almoço ou a cortar as unhas dos pés. Não é algo que aprecie gastar as economias que tenho guardada para o futuro dos meus filhos, mas o certo é que gastei. Estes 6.60€ já ninguém me devolve e se continuar a gerir as minhas finanças com esta leviandade, um deles ainda acaba por ter que escolher Educação Psico-Social Geriátrica na Escola Superior de Educação de Bragança ou, pior, Ciência da informação arquivística e Biblioteconómica da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Este filme é uma valente bofetada de luva branca (cheia de pilhas e rolamentos estragados) para aqueles desbocados que não se cansam de repetir que Howard The Duck é um dos piores filmes dos anos 80. Embrulhem, incultos!
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