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Tag: opinião (Page 8 of 9)

Rob Zombie’s Halloween (2007)

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Sou fã de Rob Zombie. Mais pela música do que pelos filmes. Dos seus filmes anteriores recordo com alguma nostalgia as suas semelhanças com as sua banda White Zombie e a sua carreira a solo. E se fosse amigo pessoal dele, agarrava agora neste preciso momento no telefone, ligava-lhe e dizia “Rob, vai-te foder! Para a próxima vez que estragares um mito e um icon de culto usando a puta da tua esposa como protagonista, pode ser que acordes com uma cabeça de cavalo enfiada no cu…”.

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Shoot ‘Em Up (2007)

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Há 100 anos atrás, uma ideia estúpida era algo que se confinava ao cérebro e boca de quem a tinha. Com o advento do cinema para o povo, foi dado a alguns idiotas a possibilidade de darem corpo às ideias imbecis que outrora lhe valeriam uma justificada morte na fogueira. O idiota que pariu este ignóbil conceito de filme escreveu o guião na parte de trás de uma caixa de fósforos. Passo a transcrever o guião: “Um filmezinho com balázios, perseguições e explosões de principio ao fim. Non Stop. Ah, é verdade, balázios de três em pipa…

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Shortbus (2006)

shortbusSentei-me para ver um filme. Uma história de amor de contornos alternativos, passada em Nova Iorque. Um filme independente da velha guarda. Virei-me para o lado para  picar mais um torresmo da frigideira, e quando olho para o ecran outra vez estavam 3 homens numa roda de broche. Com uma intensidade que pareciam imersos num transe religioso de lambeta. Eu não sou púdico e muito menos homofóbico, mas ver um homem a enfiar 3 dedos no cu de outro enquanto lhe enverniza o escroto a cuspo é onde eu traço meu limite da tolerância.

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The Devil’s Rejects (2005)

devilsrejects Sou grande fã de Rob Zombie desde 1992. Não do realizador, mas do músico. Um dos meus albuns preferidos continua a ser “La Sexorcisto: Devil Music Volume One”, mesmo depois de tanto ano. Ainda hoje ouço com alguma frequência el gran exito Thunder Kiss ’65 ou o fabuloso Black Sunshine. Era do tempo em que todos tínhamos CDs legais e comprados e se os queríamos piratear tinha que ser em cassete, crómio de preferência.

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Catwoman (2004)

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Todos os filmes de super heróis precisam de uma introdução burlesca para começar. Enquanto que na BD já é assim e ponto final, nos filmes existe a necessidade de mostrar às pessoas como é que tudo começou. O que faz com que tudo pareça absurdo, pois é retratado um mundo igual ao nosso, quando, de repente, alguém é mordido por uma lata de atum radioactiva ou come presunto fora de validade picado por uma aranha criada a banha do cachaço de alpacas mutantes, e ficam com super poderes. É esta uma das maiores falhas nos filmes de super heróis. Outra grande falha são os argumentos que invariavelmente fazem com que o herói em questão se vingue de quem lhes trouxe o super poder, sempre acompanhado com uma situação melodramática em climax…

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Eden Lake (2008)

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Eden Lake é um filme aterrador, diabolicamente pervertido. É filme de terror no verdadeiro sentido da palavra. É como um passeio pelas idílicos bosques ingleses, pejados de esquilos e verdejantes prados onde o orvalho matinal é eterno, o cheiro a frescura é encantador, mas nós estamos amarrados com arame farpado à grelha frontal de uma Ford Transit ferrugenta que atravessa o bosque a 120km/h a arder. Carrinha essa que não tem condutor e vai direitinha a um plátano…

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Death at a Funeral (2007)

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Todas as famílias são psicóticas, já o dizia Douglas Coupland. Mas com uma embalagem de poderosos alucinogénos confundida com Valium perdida no meio de uma multidão deprimida ou um anão homossexual de coração partido à procura de vingança, as coisas podem mudar de figura, fazendo a psicose parecer um escuteiro virgem numa orgia Bukkake

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Postal (2007)

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Nunca viram um filme dramático que era tão ridiculamente dramático que a malta tinha que se rir? Este é um filme que quer tanto ser cómico, mas de tanto tentar e falhar acaba por se revelar um dramalhão de proporções épicas.  Como se estivéssemos 6 horas a ver um filme do Rocky mas ele a perder todos os combates. Meus senhores e minhas senhoras, apresento-vos Uwe Boll, o homem que faz toda a lógica implodir num único ponto, onde todas as leis do cinema e entretenimento se anulam a si próprias. O único realizador do mundo que tem uma petição global a decorrer para o proibir de fazer mais filmes.

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The Butterfly Effect 2 (2006)

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Li algures, num destes sites que nos afasta do trabalho, que existe uma lei nalguns estados americanos que proíbe sexo com ovelhas. Tudo bem, também acho que é doentio um homem envolver-se emocionalmente com uma ovelha, e mesmo que seja um caso de uma noite (ou tarde solarenga atrás de um arbusto) é moralmente condenável. A minha questão é:  em que ponto é que uma epidemia de violadores de ovelhas se tornou tão grave que foi preciso legislar contra esse flagelo?

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Wedding Crashers (2005)

Haverá porventura algo pior do que um filme horrivelmente mau que inicialmente parecia bom? Haverá pior sensação do que convidar alguns amigos para uma noite de salutar convívio e no final tentar controlar a fúria dessas pessoas e a sua ânsia de nos ver amarrados a um poste, a ser apedrejados, enquanto chamas nos consomem a carne? E as desculpas? “Ah, pensava que era bom… Hehe! He!…”. E ao fundo a esposa do nosso melhor amigo, professora de Inglês, grita “Arde porco!…“.

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Audition aka Ôdishon (1999)

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Takashi Miike, quando quer, kicks ass… Este é considerado a sua obra prima por muitos e um dos seus melhores por outros. Grande parte dos filme de Miike acabam por ser uma bizarra e surreal experiência para as bandas da violência extrema. Conjugam o humor para suavizar actos que envergonhariam por completo Torquemada e os seus lacaios da inquisição espanhola. Neste filme tudo é diferente. É um poderoso filme de emoções bem transmitidas, de amor e ódio incontrolável e, claro, sangue à baldada.

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Bewitched (2005)

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Puritanos, tonhós que estão contentes logo de manhã e romanticos incuráveis não me levem a mal, mas agradecia que não lessem esta crítica toda. Aliás, queria mesmo que se retirassem, pois o que vão aqui ver nos próximos parágrafos não será uma vista linda de se contemplar. É que nem aqueles insuportáveis tipos que não precisam de café para andarem radiantes pela manhã poderiam suportar tal tortura. Mesmo os  pacóvios que têm um poster do Titanic e outro da Cidade dos Anjos eram capazes de matar, enraivados de ódio, só por terem sido enganados pelo cartaz.

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The Wrestler (2008)

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De há uns anos para cá começaram a dar à costa os naufragos dos anos 80, os chamados “has beens”. Estrelas viçosas que no seu tempo eram reis do mundo mas que tomaram más decisões económicas, trocando o imobiliário e a bolsa por cocaína e putas. Uma galáxia enorme que agora aparece em todos os meios de entretenimento a tentar ganhar qualquer coisa para ir vivendo, o pão nosso de cada dia. Nem que para isso tenham que tornar as suas desgraças públicas. E como nós adoramos desgraça alheia, quem em tempos viveu em palácios e foi conduzido em limusinas e agora andam para aí a ganhar o ordenado mínimo, gordos e disformes. É este universo que The Wrestler explora, o desgraçadinho que já foi o maior lá da aldeia.

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Slumdog Millionaire (2008)

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Esteve quase a ir directamente para DVD quando um executivo de Hollywood pegou nele e no potencial “indice de desgraçadinho” e o conduziu qual tanque de guerra pelas sangrentas batalhas das galas de prémios. Acabou por ganhar quase tudo por onde passou, re-catapultando Danny Boyle para a área visível do espectro cinematográfico. Cidade de Deus indiano com sabor a caril e Oscar é como o marketing o está a servir nas florestas de multiplexes por esse mundo fora. Será Slumdog Millionaire um fenómeno cinematográfico capaz de nos fazer reavaliar o conceito de cinema?

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The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor (2008)

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Da secção: Filmes que não vi até ao fim, ou se vi foi em Fast Forward…

Apesar dos últimos avanços tecnológicos, culturais e sociais, China será sempre para mim o país onde as mulheres têm a genitália na horizontal. Ao que parece sou acompanhado nesta absoluta ignorância acerca da cultura chinesa  por toda a equipa técnica/criativa (sic) deste Mummy 3, que pega no hype em volta da China e dos Jogos Olímpicos de 2008 e teleportam para lá mais um capítulo das múmias assassinas, que toda a gente julgava morta e enterrada (no sentido literal, figurado e toda uma vasta gama de multi-dimensionalidade de sentidos que possam imaginar…).

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Pragas Cinematográficas: Os Reboots

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Que histórias irão ver os nossos filhos ver nos cinemas? As mesmas que nós! E que histórias irão ver os nossos netos nos cinemas? As mesmas que os nossos filhos. E são exactamente iguais? Não. Irão ser aguadas, estupidificadas e polidas ao ponto de daqui a 15 gerações todo os filmes serem um lençol branco, ao vento, com uma música da Enya e uma mensagem final que envolve, invariavelmente, a força da amizade, tretas religiosas e uniões politicamente correctas que são inversamente proporcionais à hipocrisia de raízes satânicas praticados pelos grandes estúdios, que no futuro serão apenas 2: Sony Pictures e Sony Pictures Kids…

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Sympathy for Lady Vengeance (2005)

Com este magestoso filme, Chan-wook Park termina a sua triologia da vingança, depois de ter começado em 2002 com “Sympathy for Mr. Vengeance” e passado em 2003 pelo mítico, mega aclamado, senhor de todos os filme, Oldboy! Park volta a surpreender pela sua aproximação à vingança, em tons completamente diferentes daquilo que nos tinha habituado e daquilo que o sedento cinéfilo fã estaria à espera. Continue reading

My Summer Of Love (2004)

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Antigamente havia cinema independente, declaradamente e descaradamente independente. Depois apareceu a fase Miramax e toda a gente passava por independente. Oscares e o caraças e a fase passou. Agora voltámos ao domínio do estúdio grande com filmes pequenos à base de fogo de artifício digitech. Eu, confesso, gosto de cinema independente, dos olhares fora do mainstream que não se prendem com a salvação do planeta, mas antes com realidades pessoais e focalizadas de determinado personagem ou comunidade. Também vos digo já que hoje em dia é difícil encontrar um filme com estas características, com a quantidade de lobos que vestem pele de cordeiro.

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Hellboy II: The Golden Army (2008)

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Quando vi o primeiro Hellboy fiquei algo confuso. Uma boa realização e Ron Perlman a criar um personagem memorável. No entanto  o argumento saiu fraquinho. Sim, era o primeiro de uma eterna saga que não acaba mesmo que Hollywood seja dizimado por um bactéria que se alimenta de carne humana, uma vez que nalgum outro lado hão-de pegar nele e fazer um reboot… ou reset… E como primeiro episódio de qualquer franchise de super-heróis temos aquela entediante hora de explicação, origens, tentar enquadrar num mundo real a existência de um demónio humanóide vermelho-vivo, invocado das profundezas do inferno por um grupo de nazis adoradores de Satanás, que tem os cornos cortados com um serrote, é boa pessoa, gosta de longos passeios na praia ao por do sol, gosta de comédias românticas e de disparar balas do tamanho de VW carocha da sua colossal arma. Tem um braço direito do tamanho de um armário, que poderá ou não ser devido ao excesso uso (if you know what I mean)… Coisas normais do dia a dia, portanto!

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Rambo (2008)

Mais do que um dos melhores filmes de acção de todos os tempos, Rambo é uma catástrofe natural à escala global alimentada a testosterona pura. É preciso ser da minha geração, que teve em Rambo um dos ídolos de adolescência, para compreender este fenómeno. E todos nós, os trintões, sabemos que não há volta a dar. Podemos falar mal, dizer “Ah, já tá velho e gordo”, mas vamos invariavelmente ter que o ver. Largamos as namoradas e esposas algures, porque este não é filme para se levar uma gaja.

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