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Category: Cinema (Page 18 of 26)

Bienvenue chez les Ch’tis (2008)

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É certo que os franceses têm uma boa cinematografia, capaz de rivalizar em termos de bilheteira com a anglo-saxónica caso lhe fosse dado o mesmo protagonismo mediático. Mas é também certo que por vezes as suas comédias falham miseravelmente. Não no sentido de falhar na bilheteira, mas no sentido de serem tão engraçadas como lavar uma hemorróida ensanguentada com meio litro de álcool etílico.

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Zombieland (2009)

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Poderá haver uma intro de um filme mais perfeita do que ter a música dos Metallica “From Whom The Bells Tolls” como banda sonora enquanto exércitos de mortos vivos chacinam violentamente incautos transeuntes, quer por meio da típica dentada no pescoço, quer pelo não menos comum arrancamento de tripas e seu posterior derramamento na via pública? E tudo isto no mais cristalino super slow motion de alta definição?

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Pulsação Zero (2002)

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Fernando Fragata é um tipo obcecado pelos EUA. Tão obcecado que até foi para lá morar. No seu currículo tem já alguns filmes de algum impacto comercial em Portugal. Foi o realizador do mui badalado Sorte Nula, filme que decepcionou apesar de todo o hype que o envolveu. Foda-se, eu até lhe fiz uma entrevista sacada a ferros por causa do preconceito do nome “Cinema Xunga”. Tssc, tssc… Onde ia? Ah, obcecado… Bem, e então resolveu dar um estilo mais americanado (vertente acção) à sua cinematografia. Coisa que nem sempre resulta, mas neste Pulsação Zero é uma maravilha de se ver.

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Dead Meat (2004)

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O vírus das vacas loucas sofre uma mutação e é passada para a raça humana através de uma vaca enraivecida e diabólica. Dois turistas perdem-se na Irlanda rural e, num bizarro acidente, acabam por se encontrar rodeados de zombies. Cabe a Desmond, o coveiro local, ajudar a bela Helena numa luta de morte ou… morte. Mas sobreviver no campo infestado de zombies não é fácil, pior ainda quando um exército de vacas zombie (loucas, of course) ameaça encurtar substancialmente a vida aos nossos amigos. Conseguirão eles escapar a esta situação complicada? O que é que isso interessa? Desde que haja carnificina zombie de série B, numa produção quase caseira, recheada de humor negro!…

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Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street (2007)

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Sou grande fã de Tim Burton. Conheço praticamente tudo criado por este homem, incluindo Vincent e Frankenweenie. Sou daquelas pessoas que repreende um ou outro incauto cinéfilo que inclui “Nightmare Before Christmas” na lista de filmes realizados por Burton. Erro fatal! Não morri de amores por Sleepy Hollow, detestei Planet of the Apes. Sou imune a Edward Scissorhands de onde apenas tenho alguma afeição pelo visual estilizado pink suburbia. Os meus preferidos são Big Fish, Beetlejuice, Corpse Bride e Ed Wood. Sweeney Todd não me aquece nem arrefece. Do que eu não sou fã é de musicais. Detesto prosa cantada e só tolero tal artifício narrativo em South Park: Bigger, Longer and Uncut…

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Filhos do Tédio – Trailer

Para todos os filhos (e enteados) de Coimbra, para quem os anos 90 foram anos de iniciação a práticas bizarras, exploração cultural e sexual, orgias musicais lideradas pela omnipresente RUC (e seus associados) e algum tempo livre para tentar acabar o curso, eis que nos chega um documentário para que possamos mostrar aos nossos filhos como era Coimbra nos nossos tempos de estudante. Ainda não vi, e nem sei como o posso ver, mas estou bastante curioso. Sim, porque eu também sou um filho da Cave das Químicas…

Crank: High Voltage (2009)

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Infelizmente, todos nós sabemos a anatomia de um filme de gaja, pois temos que o gramar ocasionalmente para preservar a harmonia conjugal. Mas o filme de gajo? Existe filme de gajo? Existe sim, e  é em Crank 2 que este conceito atinge um novo patamar: violência desmesurada, sexo gratuito, perseguições diabólicas, o mais profundo desprezo pelas leis de Newton, sangue aos baldes, montagem rápida, bordoada de três em pipa, um herói duro como o aço capaz de resistir a uma queda de um helicóptero.Tendo todas as características para ser um mau filme, acaba por ser estranhamento apelativo e está cientificamente comprovado que faz os testículos mais negros.

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O Trans-Xunga – Contrafacção Cinematográfica

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Quem nunca comprou para o seu filho (ou sobrinho ou criança genérica) o Hercules ou Pocahontas e só depois percebeu que é um clone barato feito algures num país oriental? Quem nunca alugou, comprou ou assistiu a um filme que se parece em tudo com outro que já vimos, mas na realidade é de extremo baixo orçamento e só é distribuído porque vai montado na publicidade que o original fez? Toda a gente… Hoje quero-vos falar do fenómeno da contrafacção cinematográfica. É uma situação que ocorre a cada vez que há um filme ainda em formato teaser, com um ano um mais de pré-publicidade ou hype mediática. Os exemplos que vos trago são Transmorphers, Snakes on a Train e Monster. Não vi nenhum deles, mas penso que o obrigatório trailerzinho do youtube é auto-explicativo.

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Mum and Dad (2008)

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Num país tão rico em charcutaria e em que a gastronomia atingiu picos da genialidade sem precedentes com as papas de sarrabulho ou as tripas à moda do Porto,  muito me admiro de não haver ainda um torture porn tuga. E com o incentivo que traria à industria da transformação de carnes estou até a cheirar um gordo incentivo ICAM para este projecto.

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Mad Max (1979)

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No apogeu do VHS, todos tínhamos que nos inscrever nos clubes de vídeo para ver qualquer coisa nos nossos magnetoscópios novinhos em folha. Era preciso pagar jóia e não era barata. Vivia-se o tempo dos clubes de vídeo de cassete pirata (que funcionavam às claras), o tempo da secção Beta (tribo que degenerou no clã dos Macintosh) e do tempo em que houve regozijo nacional quando a RTP passou o primeiro Rambo. As cassetes de vídeo tinham um cheiro especial e eram caras. BASF e TDK eram marcas apenas acessíveis a bolsas mais abonadas. Tempos mágicos. Todos tínhamos um mapa mental da disposição das prateleiras. Um dos títulos que se alugavam primeiro era Mad Max 1 (porque havia o 2, que era para alugar no próximo fim de semana). O tempo de filmes de ultra-violência pós apocalíptica, em que a fraca qualidade passava incólume. Que diabos, se alugávamos Gente Gira e Deuses Devem Estar Loucos, porque não alugar Salteadores de Atlantis ou A Batalha do Bronx? E já agora, levar mais uma vez uma cópia de She, A Raínha da Guerra e do Amor e Desaparecido em Combate 2.

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V 2009 – Eles chegaram… ontem!

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Começou ontem no canal americano ABC o remake da mítica série dos anos 80. Vista hoje em dia, a série original é de arrepiar os cabelos de tão má, mas na altura não se falava de outra coisa no recreio da escola. Não sou grande adepto dos chorões dos anos 80, o que passou, passou. E como tal parece-me que este remake não vem acrescentar muito ao legado deixado pela original. Mas eu vou ver, como cabrão hipócrita que sou… Deixo-vos com os posters internacionais e com o trailer.

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I Love You, Man (2009)

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Antes de começar quero aqui cimentar alguns conceitos. Filme de gaja: é uma matriz única sob a qual milhares de filmes são produzidos. Um casal improvável apaixona-se e quando tudo parece correr bem a gaja descobre que ele usou um estratagema desonesto para a conquistar, separam-se, ele chora à chuva com uma balada de hardrock e depois tem que ir a correr para o aeroporto para a apanhar antes de ela embarcar num vôo para não mais voltar. Casamento. Buddy Movie: é um tipo de filme em que dois amigos fazem tropelias ao estilo Tom Sawyer século XXI (ou XX). Bromance: é uma mistura dos conceitos anteriores em que o conceito Buddy movie é aplicado à matriz Filme de gaja em que a suposta piada está na fina linha que separa a panasquice da profunda amizade…

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Surrogates (2009)

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O trailer eye candy é a arma de eleição para fazer um filme ter sucesso logo no primeiro fim de semana. Surrogates é uma adaptação de uma novela gráfica que falei aqui ontem. Nunca senti que pudesse ser um filme fantástico, no entanto sabia desde que ouvi falar dele que tinha que o ver. Mas no final do filme ficamos com a mesma sensação de quando ganhamos bilhetes na rádio para um concerto e quando chegamos lá afinal só canta o David Fonseca porque os artistas talentosos foram cancelados: é uma armadilha!

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Land Of The Lost (2009)

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É certo que eu destilo bastante veneno àqueles que gerem a indústria cinematográfica em Portugal. Falo da industria da distribuição, claro, porque não existe mais nenhum tipo de industria cinematográfica por cá. Mas se na maior parte das vezes as suas estratégias de distribuição nos fazem morrer mais um bocadinho por dentro, outras raras vezes saem acertadas. Os dois mais recentes exemplos dessas decisões são a recusa de estrear Land Of The Lost e Year One nos nossos ecrans, poupando hordas de cinéfilos incautos de ir ao cinema com as namoradas e que na hora de comprar o bilhetes tomam decisões com a cabeça da gaita. Mas não nos excitemos com esta súbita aptidão cultural dos distribuidores, porque até um relógio parado está certo duas vezes por dia…

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A Complete History of My Sexual Failures (2008)

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Em meados dos anos 80 tinha uma vizinha , a Rosa, que nutria um fraquinho por mim. Um dia levei-a a minha casa e no meio da mútua investigação anatómica meti-lhe o trailer de um filme que tinha alugado. Salteadores de Atlantis. A sequência que ela viu envolvia 2 atropelamentos mortais, uma senhora a ser trespassada por uma seta no crânio e uma decapitação com um cabo de aço. A Rosa olhou-me num misto de repulsa com reprovação (lábio hirto e olhos arregalados) e arranjou uma desculpa esfarrapada para sair apressadamente. Fui ter com os meus amigos e disse-lhes que tinha que reavaliar as minhas metodologias de engate. Um deles pediu para cheirar os meus dedos “investigadores”…

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Year One (2009)

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Já fui um entusiasmado fã de Jack Black e sempre pensei que o estilo dele fosse uma fonte interminável de gargalhadas e boa disposição. Mas na realidade Jack Black é um dos actores mais unidimensionais do planeta. A unidimensionalidade é uma unidade atómica, significa que não se pode dividir, mas arrisco cometer o erro científico ao dizer que Michael Cera é um actor ainda mais unidimensional que o gordito supracitado. E quando se junta tanta unidimensionalidade (uff!) com um guião bafiento e sem um único ponto de interesse, estamos perante um filme tão engraçado como uma epidemia de lepra num hospital pediátrico.

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