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Top 5 “filmes famosos que não valem uma merda”

Todos nós temos que lidar com a existência de filmes no nosso plano dimensional que só por si justificamo fim da liberdade de expressão. Tudo bem, desde que não sejamos importunados por eles. Mas isso era antes. Antes de haver 1382 canais de TV e video on demands e infernais quantidades de conteúdo semelhante a uma lixeira a céu aberto que ejacula milhares de horas de programação de inenarrável fedor para dentro dos nossos lares sem pedir permissão. Elaborei uma lista de 5 desses filmes que toda a gente adora, mas que nos fazem secretamente sentir a gonorreia de mil leprosos a cada vez que os apanhamos num zapping.

5. Pretty Woman (1990)

Um principe encantado dos tempos modernos enamora-se por uma prostituta de rua depois de ter pago uma fortuna para não lhe tocar sequer. Nem uma mamada ou um dedinho curioso… Nada. Quando penso em putas de rua, daquelas que atacam à noite nas avenidas escuras das grandes cidades só me vem à cabeça o seguinte: herpes, gonorreia, sida, cocaína, heroína, toxicodependência, alcoolismo, dentes todos podres, hálito a cadáveres em decomposição desde 1996 e mais três tipos de Sida (daquela que corrói o latex). Daí a dificuldade que tenho em assimilar aquele argumento.

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Mutants (2009)

Os franceses iniciaram há uns anos uma nova vertente do cinema de terror hiper-realista de violência extrema, em que se colocam situações de fácil identificação para quem os vê. O último de que aqui falei foi Martyrs (2008). São filmes que fogem aos clichés do típico slasher, zombie, casa assombrada, gore e quando damos por ela já não há espacinho nem para colocar um quadro com tanto sangue. Mas numa linha de contínuo sucesso há-de chegar o dia em que se meta um pé na merda e se crie um produto profundamente desinteressante, com a utilidade de um acordeonista em chamas.

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V for Vendetta (2005)

Todos nós temos uma listinha de falhas cinematográficas graves, filmes que ficaram para trás. São perfeitamente normais, o tempo não é um recurso infinito de que possamos desfrutar. V for Vendetta é um filme que vejo com cinco anos de atraso por puro preconceito. Na altura em que estreou não estava ainda refeito do pastelão que foram as sequelas de Matrix e não conhecia ainda a Graphic Novel do adorável lunático Alan Moore. É sempre um prazer ver Natalie Portman toda rapadinha…

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The Book of Eli (2010)

O género pós-apocalíptico foi em tempos um oásis para o cinema alternativo, fora da mira do mainstream podia abordar-se qualquer assunto sem tabus ou censuras. Empurrar uma freira para debaixo de um comboio em movimento, decapitações em massa ou incendiar um infantário sem antes proceder à sua evacuação. Mas Hollywood atravessa uma época de massacre a este género onde sodomiza constantemente um tipo de cinema que nunca foi muito grande, mas já foi próspero e amado. Desta vez temos um filme que mais parece uma imensa publicidade à religião e aos evangelistas lunáticos, onde o product placement é protagonizado por uma bíblia e ao qual só falta mesmo o slogan “Com as bíblias do Sr. Joaquim não há demónio que entre em mim“.

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The Lovely Bones (2009)

Depois de uma trip megalómana de proporções quase bíblicas que foi a trilogia Lord of the Rings, é óbvio para todos (incluindo para o próprio) que o caminho a seguir só poderá ser o da sobriedade e da simplificação. Mas num filme que poderia ter estas características, encontramos um Peter Jackson completamente viciado em efeitos especiais e na sua querida Weta Software, ofuscando por completo uma história que poderia ser bem poderosa, não fosse o onanismo visual de Jackson. Não é que eu me importe com a masturbação estética e tecnológica dele, eu só não gosto é que me ejaculem nos olhos.

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Ágora (2009)

Existe um tema tão poderoso em controvérsia que não são raras as vezes que divida famílias, aldeias, cidades ou mesmo países. Num milisegundo podemos passar do amor fraternal ao ódio supremo. Uma troca de palavras mal calculada ou um item esquecido e uma densa onda de raiva instala-se em permanência. Sim, a troca de tupperwares entre donas de casa é um assunto bastante sensível, mas com pouco potencial dramático além da óbvia tensão lésbica. Por isso mesmo Alejandro Amenábar decidiu pegar no segundo assunto mais sensível para nos brindar com uma nova obra prima. Esse assunto é a religião e as suas atrocidades e o filme é Ágora, uma das sete maravilhas do cinema moderno.

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Daybreakers (2009)

Apesar dos ataques cerrados que ultimamente têm tido como principal objectivo apaneleirar e estupidificar o “filme de vampiros”, este sub-género cinematográfico tem vindo a responder em força na direcção oposta para manter vivo o estatuto que sempre teve. Tal como as criaturas que representa, também o género cinematográfico em questão parece ter a capacidade de se regenerar e manter um aspecto permanentemente contemporâneo. Porque é na negridão e selvajaria da noite, com ultra-violência e sem falsos pudores nem postura politicamente correcta que um filme de vampiros deve ser. Depois de Thirst e Let The Right One In, é a vez de Daybreakers injectar um nova visão de desespero e falta de esperança, num futuro que é tudo menos brilhante.

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Lock Up (1989)

Stallone Prisioneiro é o título português deste Lock Up, uma das mais gananciosas e ignorantes manobras de marketing da distribuição filmes em Portugal, criando uma fusão entre o universo real e ficcional ao meter o próprio actor, o senhor Sylvester Stallone, dentro da trama e capitalizar quantidades imensas à custa desta associação. Se ainda hoje somos um povo iletrado, imaginem à 21 anos atrás, quando comprávamos pulseiras magnéticas extremamente caras porque curavam todas as doenças, desde a unha encravada ao tumor cerebral, passando pela dermatite seborreica e pela caganeira assassina.

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The Crazies (2010)

Havia nos anos 80 duas regras de ouro para avaliar um filme de terror nos primeiros 15 minutos. Uma fórmula que, apesar de pouco ortodoxa, nunca falhava. Regra 1: se um filme de terror mostra mamas  em abundância ou sexo relativamente explícito nos primeiros 15 minutos é porque não vamos ver muita carnificina sanguinária. Regra 2: Se nos primeiros 15 minutos um grupo de 10 pessoas fica presa num local isolado com um psicopata que os levará à lenta extinção, um a um, estamos perante mais um desinspirado e monótono clone slasher de Sexta-Feira 13.

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[Rec]2 (2009)

Se uma pessoa aparece com a cabeça de um ganso enfiada no cu e o resto do ganso a pender como um gravata nadegal, eu considero isso um conceito inovador e original. Admiro a imaginação e coragem do seu autor, mesmo não sendo obrigado a gostar nem sequer a usar, porque não sou um gajo de modas. Se no dia seguinte um batalhão de pessoas aparecerem com cabeças de ganso enfiadas no cu e o resto dos gansos a pender como  gravatas nadegais, aí já considero haver seguidismo e falta de originalidade, mesmo que em vez de gansos tenham usado patos bravos, avestruzes e bovinos de pequeno porte.

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Eastern Promises (2007)

Cru, orgânico, chocante, Cronenberg… É este Cronenberg que nos assusta, que nos faz ter pesadelos apenas mostrando a natureza humana, sem recorrer a fantasmas, assassinos de motosserra ou ataques de monstro na baixa. É apenas a carne, o desejo, o poder, a loucura ou o simples líbido. Cronenberg mostra o outro lado, o lado que não mostramos na padaria nem no centro comercial. É o lado não filtrado da humanidade em estado puro, primordial e visceral, aqueles instintos que ainda nos restam do tempo dos tigres de dente de sabre. É este Cronenberg que idolatro!

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Kick-Ass (2010)

Chegou finalmente aos cinemas a tão aguardada adaptação de Kick-Ass. Os leitores assíduos deste blog e aqueles que não sendo assíduos sabem usar um formulário de pesquisa perceberão que há muito que se fala por aqui em Kick-Ass. E o resultado é o que se esperava: um hino à ultraviolência feelgood com um agradável dose de humor negro bem equilibrada fazendo jus à velha máxima “I have come here to chew bubblegum and kick ass…and I’m all out of bubblegum.”

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Jennifer’s Body (2009)

Megan Fox é um totem pós-moderno do culto da “sexualidade que está para vir”, tipicamente idolatrada por teenagers virgens que aquecem o pescoço em sua honra. É verdade que é bonita e sensual, mas para aqueles lados são todas bonitas e sensuais. Só que esta é sonsa, má actriz. O chamado monólito unidimensional. O que não se compreende é a frequência com que é usada como arma de arremesso a cada vez que se quer chamar às salas pubescentes no pináculo da crise hormonal cujo único medo é que a masturbação cause efectivamente cegueira.

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RoboCop (1987)

Robocop é um clássico intemporal, um filme que é já uma instituição e um conceito que ultrapassa em muito as barreiras da sétima arte. Muito mais do que um dos melhores filmes dos anos 80, é também um dos melhores filmes de ficção científica da história do cinema. Mas há um segredo negro em Robocop, uma verdade escondida que todos conhecemos e temos muitas vezes vergonha de admitir em público. É que por muito viril e poderoso que  seja o Murphy Robocop, há um personagem de tão infinito coolness que ao seu lado Murphy parece um pigmeu efeminado: o seu nome é ED-209

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The Spirit (2008)

Sexta-Feira chuvosa. Estava eu num bar de alterne na Zouparria a olhar para cinco prostitutas deprimidas. Entre todas partilhavam 12 dentes e 382 era o total das suas idades somadas. Fingi beber a minha água campilho e saí pela janela da casa de banho, sem pagar. Estava a precisar de um bom filme para lavar a alma. Apanhei o início do Spirit num canal Premium do cabo. Passados 30 minutos estava a ponderar se não seria menos doloroso arriscar gonorreia com a Jandira, uma brasileira que se orgulhava de ter feito duas mamadas a Goebbles na altura em que ele ainda era presidente da junta de uma pequena freguesia nos arredores de Frankfurt.

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Zé Gato (1979)

Queixava-se ontem o David de que Portugal era tão miserável que nem filmezinhos de acção de “Porrada e Explosões” tem. Ele tem razão, Portugal a nível de cinema é miserável, mas no que diz respeito a acção temos o imortal e mortífero Zé Gato, o herói da TV do início dos anos 80. Tem murros e explosões tem pelo menos uma que me lembre. Foleira, é certo, mas ainda assim uma explosão. Não me lembro bem da estreia, uma vez que tinha 6 anos, mas lembro-me dos re-runs no mítico “Agora Escolha”. Música épica. Era o reinado do Fiat 127 e do Renault 5…

Interceptor (2009) a.k.a. Zapreshchennaya realnost

Desenganem-se aqueles que pensam que o filmezinho de acção brainless  em que toda a lógica é retorcida de modo a que a narrativa possa ser reencaminhada para um sem fim de lutas e proezas físicas de duvidosa credibilidade é um exclusivo do cinema de Hollywood. Todos os países têm os seus “filmes de porrada e explosões” para entreter esta grande comunidade de barrascos que habita entre nós. Assumir que se fez um filme brainless é nobre, mas querer fazer passar uma obra monolítica por um épico intemporal injectando mitologia nonsense é uma armadilha narrativa em que os russos caem sempre. Efeito secundário: transforma-se um “murro e balázio neles” numa comédia involuntária capaz de criar um Ed Wood instantâneo.

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The Road (2009)

Tu, leitor genérico, és uma pessoa equilibrada, relativamente satisfeito com a tua qualidade de vida. Um bocadinho de ansiedade de status, o que é perfeitamente normal numa pessoa com alguma ambição. Vida sentimental e familiar agradável, uma amante ninfomaníaca nalguns casos. Uma vida que não sendo de êxtase permanente, está num nível aceitável daquilo a que convencionamos chamar “felicidade”. Mas um dia vira-se à porta de tua casa um camião de anti-depressivos, beta bloqueadores e ansiolíticos. Como podes dar uso a este valioso tesouro se o teu cérebro está bem equilibrado? Se ao menos fosses uma pessoa deprimida não vias esta oferta como uma inutilidade. O que pode provocar uma depressão instantânea tão imensamente poderosa que necessite de um camião de fármacos? Na minha opinião, este filme…

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Let The Right One In (2008)

Longe vão os tempos em que a única coisa que apreciávamos da Suécia eram as gémeas Inga e Helga todas embezuntadas com óleo de coco a lutarem entre si por atenção masculina usando para o efeito um inexistente par de cuecas e os seus viçosos e anti-gravitacionais seios. Eles também produzem um cinema de muito boa qualidade, pautado pela bela cinematografia semi-descolorada e a curtíssima profundidade de campo. Let The Right One In é o filme que impede que Thirst (de Chan-wook Park) seja o melhor filme de vampiros que vi nos últimos 10 anos…

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Ninja Assassin (2009)

O “Grande Manual do Marketing Desonesto do Cinema Americano” fala-nos de dois tipos de filmes que não precisam de argumento. Mais ainda, são dois géneros cinematográficos em que o argumento só vem empatar. Um deles é o filme mainstream com uma (ou mais) cenas de sexo explícito. Brown Bunny, Shortbus, Idiotern, Baise Moi, Ken Park, só para citar alguns exemplos. O que nos fica destes filmes? Berlaitada! O outro género cujo assombro é tal que dispensa completamente argumento: Ninjas!

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